Tirou as botas e olhou para trás despreocupadamente.
- Como se pudesse – disse alto.
Não podia.
Desvestiu o colete e se deitou de roupa mesmo na cama de palha.
Enjeitada. Pois se deitou assim, o corpo bem estendido sobre a cama, mãos na barriga.
Como um cadáver, pensou.
Como um cadáver soprou a ponta de luz que amarelava o quarto. No mesmo instante pôde ver as sombras que, de fora, cercavam. Não tinha muito o que fazer.
Esperou.
E mais:
dormiu profundamente.
Bárbara Nunes (2003)