Entra a madrugada
Madrugada a dentro
Entra a noite pela janela
Escurece o ar
Que ouço batendo
Na janela
A madrugada adentro
Engole o mundo
A madrugada é o
Útero pulsante
Da vida
Posso respirar seu pequenos
Barulhos
O cheiro da noite
Arrepia meus pelos
Pentelhos cabelos
Molhados de suor
Da noite
Desejo ouvir uma chuva
Contra a janela
Gritando rugindo
Mas a madrugada de hoje
É seca é calma
e inerte
Bárbara Nunes (2008)
BAGUNÇA - é a idéia principal. Literatura, caricaturas, desenhos, crônicas. Tanto coisas minhas, quanto uma seleção de coisas outras. Manoel de Barros, Adília Lopes, Virgínia Woof, Maiakovisk, Ray Bradbury e, claro, Bárbara Nunes. De tudo um pouco. Se alguém se interessar.
quinta-feira, julho 31, 2008
quinta-feira, julho 10, 2008
EPIGRAMA N.o 9
O vento voa,
a noite toda se atordoa,
a folha cai.
Haverá mesmo algum pensamento
sobre essa noite? sobre esse vento?
sobre essa folha que se vai?
Cecília Meireles
in: FLOR RE POEMAS - Ed. Nova Franteira - Pg. 68
a noite toda se atordoa,
a folha cai.
Haverá mesmo algum pensamento
sobre essa noite? sobre esse vento?
sobre essa folha que se vai?
Cecília Meireles
in: FLOR RE POEMAS - Ed. Nova Franteira - Pg. 68
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