PÁGINA EM BRANCO
COMEÇO
ENTRE LINHAS SE FAZEM
OS VERSOS
OU NÃO
PÁGINA NEM TÃO BRANCA
MEIO AMARELADA
DO LADO
UM BORRÃO
UM RISCO
UM RASGO
A PÁGINA AMARELA
(DEI ESSE NOME A ELA)
SE TRANSFORMA
EM TELA ABANDONADA
DEIXADA AO LADO
DA IDÉIA
A PÁGINA AMARELA
REVELA A ALMA
DE UM CERTO POETA
QUE NÃO EXISTIU
NAQUELE MOMENTO
NÃO EXISTIU
SE FOI
NEM VEIO
A PÁGINA AMARELA
CONFESSA O EMBARAÇO
A MÃO QUE FREIOU
O SOM QUE NÃO SAIU
A PÁGINA AMARELA
ENSAIA
O FRACASSO
DE UM POEMA QUE
DESMAIA
QUE NADA!
A PÁGINA É UM MAR
DE IMPOSSIBILIDADES
EXISTENTES
PRESENTES
E EXIBIDAS
FUNDAMENTALMENTE
EXIBIDAS
COMO O SÃO
NOSSAS MUSAS FALECIDAS
E AS QUE
INFELIZMENTE
AINDA NÃO ESTÃO
Bárbara Nunes (2006)
BAGUNÇA - é a idéia principal. Literatura, caricaturas, desenhos, crônicas. Tanto coisas minhas, quanto uma seleção de coisas outras. Manoel de Barros, Adília Lopes, Virgínia Woof, Maiakovisk, Ray Bradbury e, claro, Bárbara Nunes. De tudo um pouco. Se alguém se interessar.
domingo, setembro 10, 2006
terça-feira, setembro 05, 2006
Poema sem título de Paulo Leminski
um bom poema
leva anos
cinco jogando bola,
mais cinco estudando sânscrito,
seis carregando pedra,
nove namorando a vizinha,
sete levando porrada,
quatro andando sozinho,
três mudando de cidade,
dez trocando de assunto,
uma eternidade, eu e você,
caminhando junto
leva anos
cinco jogando bola,
mais cinco estudando sânscrito,
seis carregando pedra,
nove namorando a vizinha,
sete levando porrada,
quatro andando sozinho,
três mudando de cidade,
dez trocando de assunto,
uma eternidade, eu e você,
caminhando junto
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