Karin Mamma Andersson
Seu Luis passou por Luisinha e fingiu que não a conhecia. Estava andando bem diretamente em sua direção quando, numa cruzada de olhares, fez cara de quem lembrou que esqueceu coisa muito importante do lado oposto do mundo e fez uma curva de 90 graus para longe do olhar. Luisinha ficou parada com um meio sorriso amarelo escuro grampeado nos lábios. Os dentes esconderam-se lentamente por trás dos lábios, num movimento de câmera lenta mal realizada. Os olhos de Luisinha dispararam a verificar se os passantes notaram ou não tudo aquilo, mas não conseguiu chegar a qualquer conclusão. Luisinha resolveu-se também seguir caminho fazendo curva em ângulo reto, caminhando em sentido oposto ao que tomou Seu Luis. E decidiu-se que assim seria permanentemente. Os dois a 180 graus de uma distância muda. Fim.
Seu Luis passou por Luisinha e fingiu que não a conhecia. Estava andando bem diretamente em sua direção quando, numa cruzada de olhares, fez cara de quem lembrou que esqueceu coisa muito importante do lado oposto do mundo e fez uma curva de 90 graus para longe do olhar. Luisinha ficou parada com um meio sorriso amarelo escuro grampeado nos lábios. Os dentes esconderam-se lentamente por trás dos lábios, num movimento de câmera lenta mal realizada. Os olhos de Luisinha dispararam a verificar se os passantes notaram ou não tudo aquilo, mas não conseguiu chegar a qualquer conclusão. Luisinha resolveu-se também seguir caminho fazendo curva em ângulo reto, caminhando em sentido oposto ao que tomou Seu Luis. E decidiu-se que assim seria permanentemente. Os dois a 180 graus de uma distância muda. Fim.
4 comentários:
às vezes, se passa isso...
Conheço uma história mais ou menos como essa. Me levou a levou a seguine raciocínio:
Já que o mundo é (quase) redondo, se ambos continuarem andando nessa mesma direção e sentido, será que eles vão se dar de cara? De novo?
Oh ow!
Thiane, o problema está no quase (em quase tudo).
Conclusão: só pra previnir, vire a 45º.
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